Elefanta africana resgatada de cativeiro na Argentina cruza MS rumo à liberdade em santuário no Brasil

Brasil – Após mais de 30 anos vivendo em cativeiro em um zoológico de Buenos Aires, na Argentina, a elefanta africana Pupy, de 34 anos, está a caminho de uma nova vida em liberdade no Santuário de Elefantes do Brasil (SEB), localizado na Chapada dos Guimarães (MT). Na última quarta-feira (16), durante o trajeto, o animal fez uma parada em Nova Alvorada do Sul, em Mato Grosso do Sul, chamando a atenção de moradores locais.

Transportada em uma grande caixa dentro de um caminhão, Pupy parou em um posto de combustíveis às margens da BR-163, onde o veículo foi abastecido. A elefanta não saiu da estrutura em nenhum momento e, por segurança, cones impediram a aproximação do público, que se aglomerou no local para tentar vê-la.

Acompanhada por uma equipe especializada e escoltada pela Polícia Rodoviária Federal, Pupy viaja com conforto: recebe água fresca, frutas, vegetais e até isotônicos para suportar a longa jornada. A expectativa é que ela chegue ao santuário nesta sexta-feira (18), por volta das 9h.

A operação de transporte é conduzida pelo Santuário de Elefantes do Brasil, sob a liderança do presidente da entidade, Scott Blais, e do biólogo brasileiro Daniel Moura. Toda a movimentação é compartilhada nas redes sociais por meio da página @elefantesbrasil, no Instagram.

Pupy nasceu no Parque Nacional Kruger, na África do Sul, na década de 1980, e foi levada ainda filhote à Argentina, onde viveu por décadas no antigo zoológico de Buenos Aires, hoje transformado em Ecoparque. A transferência da elefanta faz parte de um acordo entre os dois países para realocar animais exóticos em ambientes mais adequados, após a morte recente da companheira de cativeiro de Pupy.

Além dela, outros dois elefantes ainda permanecem no antigo zoológico e também devem ser trazidos ao Brasil até o fim do ano. O objetivo é garantir bem-estar e qualidade de vida a espécies não nativas, enquanto o ecoparque argentino passa a priorizar a conservação da fauna local.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *