Famílias do Assentamento São Gabriel cobram melhorias no transporte escolar e construção de escola na comunidade

Pais e responsáveis por estudantes do assentamento São Gabriel, em Corumbá (MS), estão reivindicando melhorias no transporte escolar e a construção de uma escola na própria comunidade. Atualmente, as crianças precisam se deslocar até o distrito de Albuquerque, a cerca de 14 quilômetros de distância, ou até a escola no assentamento Urucum, localizado a mais de 40 quilômetros.

Um dos principais problemas apontados pelas famílias é que o ônibus escolar, do distrito de Albuquerque, não entra nas estradas internas da comunidade, parando apenas na rodovia BR-262. Isso obriga algumas crianças a caminharem até 1,5 km diariamente, mesmo sob chuva ou frio intenso, para alcançar o ponto de embarque. “Quando chove ou está muito frio fica impossível levar as crianças para pegar o ônibus na beira da rodovia”, relatou uma das mães.

Além das dificuldades de locomoção, há também preocupação com a segurança. As crianças ficam expostas ao tráfego da rodovia e ao fluxo de andarilhos e de imigrantes vindos da Bolívia. “Tenho medo de um andarilho fazer mal para as crianças. Não acho certo elas ficarem na beira da rodovia esperando o ônibus”, desabafou outra mãe.

A situação é ainda mais crítica para os estudantes que precisam ir até a escola do Urucum, numa viagem de quase uma hora. Os pais temem acidentes durante o longo trajeto. “Muitos acidentes já aconteceram na rodovia. Temos medo que aconteça com o ônibus escolar”, afirmou uma das responsáveis. Devido a longa distância do assentamento Urucum, alguns pais preferem que seus filhos estudem no distrito de Albuquerque.

Há quase 20 anos, a comunidade luta pela construção de uma escola no próprio assentamento. Segundo os moradores, a maioria dos alunos da escola do Urucum são do São Gabriel. “Antes, tinha aula aqui na sede do centro comunitário. A prefeitura disse que ia reformar, mas as aulas pararam e nunca mais voltaram. O prédio onde eram as aulas se deteriorou com o tempo”, contou uma moradora.

As famílias continuam buscando apoio das autoridades para garantir mais segurança, dignidade no acesso à educação para as crianças da comunidade e querem providências do executivo municipal.

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